Para pensarmos, como educadores
Para pensarmos, como educadores...
“Eu me chamo Guilherme. Tenho 7 anos. Toda manhã, lá pelas oito e
vinte, passo por um portão e me torno um aluno. A minha mãe, quando me
leva à escola, me deixa na porta. Não tem direito de entrar. Nem pode
ver nossa cobaia na sala por causa de um cartaz. Ela me disse que está
escrito: ‘Proibido para adultos que não são professores’. Aliás, eu
também não tenho direito de subir logo
para a sala. A gente tem que ficar no pátio com outras crianças e os
professores de guarda, que parecem estar tão congelados quanto a gente.
Também, quando a campainha toca, a gente deve correr rápido para formar a
fila de dois e ficar quieto para subir. Minha professora, quando não
está de guarda, tem o direito de subir porque vai preparar nosso
trabalho. Ela o prepara bem: tira papéis, escreve atrás do quadro, tudo
enfim! A gente não prepara nada, claro, a gente é pequeno demais. Mas a
professora, ela sabe tudo que a gente vai fazer no dia. Não diz para
nós: a gente é pequeno demais”
JOLIBERT, Josette. Formando crianças leitoras. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
Simão de Miranda
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