Catálogo de Obras do Autor

terça-feira, 23 de outubro de 2007

O que tempo que ruge



Bem oportuna o lembrete de Epicuro,
em dias de esquecimentos de que a vida flui fugazmente:
Dum vivimus vivamus,
Ou “enquanto vivemos, vivamos"!

Errare Humanum Est


Lembrei-me deste verso do poeta Virgílio: errare humanum este. Não carrego dúvidas que o erro origina valores. Por isso, extraímos todo o aprendizado necessário para as transposições evolutivas da nossa espécie. Condição de estágio probatório do qual até hoje devemos nos orgulhar, pois por isso somos o que somos. Experiências de provações que jamais as descartaremos, hoje ou amanhã. Éramos, ainda, Australopithecus, e já havíamos descoberto que conviver em grupos era imperativo para aquinhoarmos uma sobrevivência com alguma dignidade. Conseqüentemente, avalizar a existência das gerações vindouras. Proteger sua prole e seus parceiros daquela grande aventura humana, era também beneficiar todos os remanescentes com o legado material e humano que cada um deixava quando, enfim, morria. Dando ouvidos, novamente a Virgílio: “teus netos hão de colher os frutos.” Da colheita, alimentamo-nos com os frutos, e replantamos as sementes. Planejamento que fazemos não apenas a curto ou médio prazo (para nossos filhos), mas a longo limite (para a seara de nossos netos).